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Olá, querid@s!
Iniciando os trabalhos do Blog
Comunicar Dicionário Libras de 2018. Estou na metade do Doutorado em Educação e
agora estou conseguindo respirar um pouco :n) Ontem mesmo uma amiga minha me
disse: “Você nasceu para estudar”, e acho que é isso mesmo!
Esse ano, resolvi além de
compartilhar com vocês algumas curiosidades sobre Libras, que tem ocupado
grande parte dos meus posts, resolvi compartilhar também algumas experiências
minhas na interpretação ( são 11 anos, como passa rápido!).
Primeiro queria agradecer a todos
os leitores do meu blog, tenho recebido mensagens de todo canto do Brasil, de
como os materiais aqui compartilhados tem ajudado vocês na aprendizagem dessa
língua tão linda que é a Libras. Muito obrigada de coração, sintam-se sempre
bem-vind@s!
Para começar, o primeiro “causo”
(quer palavra mais brasileira que essa? Amo!) foi como eu aprendi a
interpretar. Ok, são vários fatores que levam você a ser um intérprete, se você
está começando a estudar Libras já percebeu isso, né? Quando você domina o
sinal, falta a expressão, quando consegue perceber sua expressão, falta a
tensão no sinal e por aí vai! Por isso, tenha sempre em mente que aprender
Libras é para a vida! Assim você fica menos frustrado, hehehe.
Mas eu queria muito muito mesmo
interpretar (e acho que isso tem grande relação com o esforço que você dedica
na aprendizagem), tanto que fiquei fluente em 10 meses (sim, é possível!). Então
eu tinha minha rotina de estudos em casa (15 sinais por dia de qualquer
categoria), leituras de livros e artigos para entender como a língua funcionava
e no final de semana aproveitava para conversar com os surdos da minha igreja
para adquirir fluência e saber mais como os surdos eram.
Também, tinha uma estratégia. Os
cultos em nossa igreja (Primeira Igreja Batista de Curitiba) têm interpretação
em Libras, ou seja, temos uma escala com os intérpretes para cada culto. Eu
ainda não tinha entrado na escala, então aproveitava para aprender novos sinais
(nerds né, eu sei!). Eu lembro que
tinha um caderninho que carregava na bolsa para cima e para baixo, fazendo
anotações “de campo”.
Então, essa era a estratégia:
quando alguém ia interpretar, meu caderninho ficava a postos e eu anotava os
sinais que eu não conhecia de um jeito que eu saberia como perguntar depois, por
exemplo: Configuração em C, altura do coração lado esquerdo, com o movimento de
cima para baixo. Aliás, para fazer isso, você precisará saber quais são os
parâmetros da Libras, confira neste post.
Eu anotava (tinha que ser rápida,
como dizem, “um olho no peixe, outro no gato” para não perder os outros sinais)
e depois ia conversar com o intérprete para pedir ajuda, se ele poderia me
explicar o significado daquele sinal (que nesse caso é COMPAIXÃO).
Uma coisa que falo para meus
alunos, é que nunca se sabe tudo! Precisa ser humilde para saber que, na
Libras, você sempre vai precisar de ajuda de alguém para aprender algo novo,
tanto de surdos quanto de intérpretes.
Essa do caderninho me ajudou
muito e creio que pode ajudar você também a aumentar o seu vocabulário, claro
que hoje tem gravação (aliás, é educado pedir antes para o intérprete se você
pode gravar ou fotografar, #ficaadica), anotações no celular e por aí vai. Em
2007 os celulares não eram tão “smarts”
quanto são agora ;n) Você vai ver que com o passar do tempo, seu caderninho vai
ficando mais vazio e você vai começar a memorizar mais os sinais... mas para
isso, precisa de prática!
Confira também: Dicas para estudar Libras
Não desista!
Um grande abraço sinalizado,
Priscila Festa
Foi por meio dessa professora que conheci e me apaixonei pela língua de sinais. Obrigada sempre!
ResponderExcluirFoi um alegria ter você como aluna, Lu! Abraço sinalizado!
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