sexta-feira, 5 de novembro de 2010

PROLIBRAS 2011


Através da portaria normativa MEC 20/2010 O ministro da Educação,
Excelentíssimo Senhor Fernando Haddad, transferiu a responsabilidade da organização e administração do Programa Nacional para Certificação de Proficiência em Libras (PROLIBRAS)
para o INES (INSTITUTO NACIONAL DE EDUCAÇÃO DOS SURDOS).
Segundo a portaria, somente à partir de 2011. Subentende-se então que este ano não mais será possível a realização de novas provas que até então eram de responsabilidade da
UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina).

Há muito tempo o INES evocava o direito histórico de administrar o PROLIBRAS, finalmente isto está acontecendo!

Vamos torcer para que esta mudança traga os resultados positivos que tanto ouvintes quanto surdos há muito vêm reivindicando

fonte: www.prolibras.com.br


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PROLIBRAS 2010



segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Deterioração do ministério com surdos

“Eficiência versos Ineficiência”.

(Lucas 19:11-27)


Gostaria de compartilhar com os companheiros e amigos sobre o que Deus tem falado ao meu coração intensamente. Tenho visto o mover de Deus na cristandade brasileira, seus milagres o chamado se estendendo a muitos, mas tenho percebido uma inversão de valores em constante crescimento, uma inversão inesperada, e mal calculada por muitos que ousadamente chamo de “Surdismo” (Chamarei aqui de influência da cultura surda sobre o individuo ouvinte. Quero deixar bem claro que não sou adpto da ideologia multiculturalista)
No decorrer de nossa história de trabalhos com surdos, posso vislumbrar não uma sociedade mais justa e igualitária, mas uma sociedade em sua gestação que almeja e aspira o poder, deveras utópico por ser uma sociedade formada por comunidades de classes minoritárias, me refiro à aspirante cultura que reconhecida foi há pouco tempo como cultura, a cultura surda, me pergunto que cultura é esta? Definida por Peiden como uma cultura independente de sua sociedade regente, (a comunidade ouvinte) Que tipo de pensamentos norteia esta comunidade Surda? Que por muito tempo tem lutado com todas as suas forças para estruturar uma ótica de mundo diferenciada. Igualitária ou não? Está é a minha grande dúvida. Ou este é um pensamento puramente ouvintista?
Muitos me parecem que vivem em um universo paralelo ao nosso. Suas características e suas identidades particulares fazem ver o mundo assim? Os ouvintes têm sido vilões, que nunca proporcionam uma referência positiva? Realmente precisamos nos retratar pelos erros cometidos através da história. O que Pedro Ponce de Leon diria de todo seu esforço para incluir os surdos na sociedade. Idealizando um alfabeto nunca visto e nem usado antes dele, que tipo de vilão é este? O vilão da liberdade que possibilita o livre pensar, e a luta pela valorização dos ideais de muitos surdos, outrora ignorados pela maioria de ouvintes da sociedade?
Estou farto desta visão de que ouvintes são opressores, cunhada por ouvintes que tem como um fardo ter nascido ouvinte, e por surdos que não conseguem ver a possibilidade de ouvintes e surdos andarem juntos. Imagino que as intenções de todos são as melhores, porém tem criado mais discriminação ainda.
Gostaria de ver surdos e ouvintes andando de mãos dadas, não este favorecimento de um para o detrimento de outro. Gostaria de ver ambos tendo um compromisso verdadeiro com o Senhor, não homens e mulheres sem instabilidade que qualquer interpério da vida, desiste de sua cristandade cunhada em bases paternalistas, isto tem me parecido deismo exarcebado. (O deísmo é uma postura filosófico-religiosa que admite a existência de um Deus criador, mas questiona a idéia de revelação divina)
Muitos de nós se encontravam em estado vegetativo, no que se refere à fé, mas hoje temos oportunidade de fazer a obra de Deus regeneradora e graciosa para a humanidade. Estou farto de ver que muitos surdos têm sido catequizados de forma errônea, sem nenhuma profundidade teológica, mas o que se ensina é uma poesia para eclesiástica, simplesmente para acalentar nosso coração no desejo de tê-los por perto, ou para ter algumas horas interpretando a bíblia, mas sem nenhum conhecimento sobre a mesma, ou interpretando músicas, mas sem qualquer reflexão sobre tais.
Estou farto de ver o sacrifício de Jesus sendo tratado como algo digno de desprezo, não tenho responsabilidade nisso muitos me falam. Estou cansado de ver homens e mulheres crendo que podem transformar o mundo em congressos, retiros, seminários cursos de capacitação, mas em oração nada, em relacionamento com Deus nada. Mas não movem uma palha para acabar com a apatia espiritual dos ministérios que se extinguem a cada dia.
Estou fardo de ver a gama de interpretes positivistas que problematizam tudo que se refere a Deus, Jesus e ministério se enveredam por caminhos científicos e esquecem-se do chamado de Deus para sua vida, isso não seria uma estratégia satânica? Não estou dizendo que estudar, conhecer se capacitar é errado, não me interpretem mal, mas que a primazia é de Deus em nossa vida, mesmo que organizações ou entidades me falem que eu não posso avançar, Deus me fala Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te espantes; porque o SENHOR teu Deus é contigo, por onde quer que andares. Josué 1:9
Apaixonar-se por este ministério e sobre tudo apaixonar-se por Deus,
• É não ser paternalista em um mundo paternalista, é andar na contra mão da realidade humana,
• É saber dizer não com sabedoria.
• É não esquecer da missão.
• É viver a visão de Deus, é não desafiar o grande EU SOU com seu pequeno eu,
• É viver em constante busca de conhecer não parando assim no tempo e por cima acreditando que nada de novo surge nem surgirá.

Estou farto dessa mediocridade mental que faz uma coisa ou outra para poder dormir anoite, mas seu coração esta longe daquilo que Deus deseja.

Estou meio cansado destes mestres que sem nenhuma base criticam o pensamento de pensadores livres, sérios, e que produzem uma genuína linha de pensamento teológico "tupiniquim" que como eu odeiam as embalagens de teologias importadas, que de nada combinam com o pensamento ainda bebê da teologia brasileira, mas inconseqüentemente atiram a primeira pedra, e ainda se acham donos da razão.

Um amigo me disse conhecer é poder, talvez estivesse parafraseando João 8:32, pois nunca é tarde para se libertar das amarras de uma cristandade fatídica que nos rodeia, amigo pense muito antes de se envolver na obra de Deus, pois você não pode tratar o reino de Deus como um servo inconseqüente, faça tudo buscando a sabedoria que vem do alto, só Deus pode nos socorrer e nos dá a alegria da vitória, e acima de tudo entenda a tridimensionalidade do amor e viva isto.

Pr Adoniran Melo

fonte: http://adoniranmelo.blogspot.com/2009/04/deterioracao-do-ministerio-com-surdos.html

terça-feira, 21 de setembro de 2010

VARIAÇÃO SOCIAL NA LIBRAS

Olá!
A pedidos, retornando a postar :n)
Uma das coisas que mais gosto na LIBRAS é a gramática. Acho muito interessante como uma língua de modalidade visuoespacial contém essa riqueza de estudos fonológicos, semânticos, pragmáticos e etcs, como uma língua oral.
Proponho nesse tempo um estudo sobre a gramática da LIBRAS, algo que irá me auxiliar e espero que outras pessoas também.
Seja bem vindo!



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Na maioria do mundo, há, pelo menos, uma língua de sinais usada amplamente na comunidade surda de cada país, diferente daquela da língua falada utilizada na mesma área geográfica. (SUELI FERNANDES, KARIN STROBEL, 1998, APOSTILA)
Isto se dá porque essas línguas são independentes das línguas orais, pois foram produzidas dentro das comunidades surdas.


Dessa forma, a língua de sinais passa por variações conforme o aumento de escolaridade dos surdos, o aumento de contato com outras comunidades surdas, conforme a condição social e regional do lugar onde vive.
Portanto, segue um exemplo de VARIAÇÃO SOCIAL dos sinais:
“ VARIAÇÃO SOCIAL: refere-se à variações na configuração das mãos e/ou no movimento, não modificando o sentido do sinal.”


Onde eu aprendi LIBRAS, a configuração do sinal FALTAR é realizada em Y, porém, achei estranho quando, ao chegar na escola de surdos onde trabalho, o sinal de FALTAR era realizado com a configuração em [Ÿ], porém, consegui entender e ser entendida ao questionar a falta de um aluno.
Essa é uma das grandes questões que os alunos de LIBRAS me trazem, “mas eu aprendi com a mão assim, nessa configuração”, por isso, não fique desesperado, existe a variação social da LIBRAS. ;)



Referência: STROBEL, K.; FERNANDES. S. Aspectos lingüísticos da língua brasileira de sinais/ Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Especial – Curitiba: SEED/SUED/DEE, 1998.
Foto: Priscila Festa